Se for barbada, Bratício compra.
Lá pelos anos 60, morava em Portela o seu Yussef El Ammar. Ele era o patriarca de uma tradicional família de comerciantes libaneses em nossa região. Yussef, ou José, como passou a ser chamado por aqui, gostava de um joguinho de carteado com os amigos. Como naqueles tempos a região era muito perigosa, ele e seus amigos viviam armados.
Certa vez, no bolão do Brizi, seu José se envolveu em um entrevero decorrente de um joguinho de cartas. Como estava armado, não vacilou em puxar o seu .32 para assustar os desafetos. Surpreendentemente, a polícia chegou rápido, e o libanês mal teve tempo de jogar a arma em um terreno baldio ao lado do bolão.
Os inspetores e o delegado, que não gostavam muito de estrangeiros e por isso sempre queriam complicar a vida de Yussef, imaginaram uma situação ideal. Ávidos, saíram à cata da arma no capinzal. Lá pelas tantas, um inspetor encontrou o .32. O delegado, cheio de si, apresentou o revólver para Yussef.
— Então, libanês, este é o seu revólver!
— Meu não é porque está na sua mão, doutor. Porém, se o doutor fizer um precinho camarada, o Patrício compra. Parece ser uma boa arma, o doutor não concorda?
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