Segunda, 13 de Janeiro de 2025
15°C 32°C
Tenente Portela, RS
Publicidade

O Café de chaleira na história do RS

Por Ingrid Krabe

Por: Jonas Martins Fonte: Jornal Província
29/07/2022 às 16h49
O Café de chaleira na história do RS
Imagem de Piyapong Saydaung por Pixabay

    A poeira se levanta na estrada, era sinal que uma comitiva estava chegando. O menino segue em frente de todos, à frente mesmo do dianteiro. Montado em uma égua mansa, a madrinha, o madrinheiro como chama o guri, guia a tropa ao som dos cincerros pendurados no pescoço do animal.

    A sua outra função era montar a trempe e preparar o café. Por que o café não pode faltar nunca.

    O café de chaleira é um costume introduzido pelos mascates de origem turca, que vinham fazer comercio no Rio Grande do Sul no século XIX. Os gaúchos adotaram o costume. Chegavam, faziam fogo e colocavam as chicolateiras ou cambonas com água para esquentar. Desencilhavam os cavalos, tirando das malas de garupa o café, as bolachas e o açúcar e montavam um local parecido com um acampamento

   Em tempos mais antigos o café era composto, isto é, com açúcar dava uma tintura preta com um forte e agradável cheiro. Em geral, os tropeiros e carreteiros costumavam dividir as obrigações do fogão entre si.

  Enquanto um fazia o café, outro podia ser o assador, ou fazer o mate, a outro, a responsabilidade de juntar lenha, desta maneira tornava-se fácil e até mesmo divertido o trabalho.

    Quem ficava encarregado de fazer café, colocava a água a ferver na chicolateira ou na cambona, depois retirava do fogo e despejava dentro dela duas colheres de café em pó.

    Mexia com a ponta da faca até dissolver todo, ou com uma colher, depois voltava com a chicolateira/cambona ao fogo.

   Quando levantava nova fervura, retirava do fogo e colocava um tição aceso dentro do café, provocando uma ebulição. Mantinha o tição dentro do café por segundos.   Com as costas da faca, dava algumas pancadinhas por fora, na chicolateira/cambona.

    Assim ficava pronto o café. Quando não há tição, por exemplo, em fogo de gravetos, ou em zona que existe lenha e o fogo é feito com corunilha (esterco seco de gado), nestes casos, pondo água fria na fervura do café, ajuda a sentar a borra.

    Sentavam nos arreios ou nos pelegos dobrados para tomar o café que era acompanhado por bolachão ou pão caseiro, trazido na mala de garupa. Alguns preferiam ficar acocorados nos "garrões", como é hábito entre nosso homem do campo, herdado dos índios.

A sobra do café nas Chicotalteiras/cambonas era posto fora e as vasilhas bem lavadas na sanga.

Fonte. Rogério Bastos.

     Tá ai uma sugestão para o 11º Acampamento Farroupilha.

                                                  Sem mais delongas, até a próxima.

■ Notícias no WhatsApp:

Receba as notícias do Site Clic Portela no seu telefone celular! Clique aqui e faça parte do nosso grupo de WhatsApp.

■ Nos siga no Instagram:

Clique aqui e acompanhe todas as publicações do Sistema Província de Comunicação de Tenente Portela.

 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Pavilhão Farroupilha
Pavilhão Farroupilha
Coluna sobre a cultura e história do Rio Grande do Sul, escrita pela professora Ingrid Krabbe
Ver notícias
Tenente Portela, RS
21°
Tempo limpo
Mín. 15° Máx. 32°
21° Sensação
2.73 km/h Vento
67% Umidade
0% (0mm) Chance chuva
05h52 Nascer do sol
05h52 Pôr do sol
Terça
34° 17°
Quarta
35° 17°
Quinta
33° 18°
Sexta
35° 20°
Sábado
35° 19°
Economia
Dólar
R$ 6,10 +0,01%
Euro
R$ 6,22 -0,57%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,00%
Bitcoin
R$ 590,956,04 -3,65%
Ibovespa
119,120,93 pts 0.22%
Enquete
...
...
Publicidade
Lenium - Criar site de notícias