O Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul intensificou as orientações aos produtores rurais sobre as medidas de prevenção contra a febre aftosa. O cuidado redobrado deve-se à informação de que um foco foi registrado na região de Brandemburgo, na Alemanha. A ação busca preservar o status sanitário do Estado. O país europeu não registrava um caso de febre aftosa desde 1988.
O Rio Grande do Sul é reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação, desde 2001, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), um título estratégico para a competitividade do agronegócio gaúcho. O alerta do Serviço Veterinário Oficial contempla produtores e viajantes, para que não tragam ao Brasil produtos de origem animal de forma ilegal, como embutidos.
“A ocorrência da febre aftosa na Alemanha só corrobora aquilo que já estamos falando há algum tempo: não é porque a gente não tem circulação viral que podemos relaxar com os cuidados, baixar a guarda”, afirma a coordenadora estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA-RS), Grazziane Rigon.
A febre aftosa ainda tem registros na Ásia, na África e no Oriente Médio. Com a questão da globalização é possível a transmissão da doença de um continente para outro, lembrando ainda que a Venezuela é de risco desconhecido aqui na América, avalia Grazziane.
Trata-se de uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de casco fendido, como bovinos, suínos, caprinos e ovinos. Apesar de raramente ser letal em adultos, provoca impactos severos, como perda de produtividade e restrições comerciais.
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) reforça a importância do cadastro atualizado dos rebanhos e do cumprimento das obrigações sanitárias. Um dos pontos de atenção é a Declaração Anual de Rebanho, realizada de 1º de junho a 31 de outubro. Além disso, é obrigatória a vacinação de fêmeas bovinas e bubalinas contra brucelose entre os 3 e 8 meses de idade.
Entre os principais cuidados que o produtor rural deve ter estão:
– Estar alerta a alguns sintomas que os animais possam apresentar, como feridas na boca, nas patas, na região dos tetos, febre alta e animais babando ou mancando. No caso destes sintomas, é preciso notificar imediatamente a Inspetoria Veterinária mais próxima;
– Realizar desinfecção dos veículos que entram na propriedade, como caminhões de leite ou ração, que são veículos que transitam entre propriedades;
– Restringir o acesso de visitantes, principalmente na área onde ficam os animais;
– Comprar animais com Guia de Trânsito (GTA), que são uma garantia de que aqueles animais estão em dia com as obrigações sanitárias;
– Cercar bem o perímetro da propriedade.
Qualquer suspeita da doença deve ser notificada imediatamente à Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelos canais disponibilizados pela Seapi:
Serviço
WhatsApp: (51) 98445-2033
Telefone: (51) 3288-6200
E-mail: [email protected]