Participantes de audiência pública promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados foram unânimes em criticar a lógica dos reajustes de planos de saúde conforme o envelhecimento. Debatedores também criticaram a proposta de se promover reajustes escalonados de acordo com o avanço da idade, e não apenas quando o idoso entrar na última faixa etária do convênio médico.
Para a pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Lígia Bahia, embora a ideia do aumento gradual pareça vantajosa, pode prejudicar muito os segurados a longo prazo, beneficiando apenas as operadoras de planos de saúde.
A advogada especialista em Planos de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Marina Paulelli, entende que atualmente os planos de saúde já operam com um superávit alto em suas operações e tratam os idosos como clientes indesejados.
Deputados que participaram do debate concordaram que a lógica do reajuste é discriminatória e prometeram atuar para reduzir a injustiça.
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