As condições climáticas variáveis dos últimos dias impuseram diversos desafios para a cultura do trigo no Rio Grande do Sul. A Emater/RS-Ascar constatou atrasos na semeadura devido às chuvas frequentes, além de um retardo na emergência e no desenvolvimento das plantas causado pela alta umidade do solo. Entre os dias 11 e 18 de julho, o plantio avançou apenas 3%, atingindo 85% da área estimada de 1,31 milhão de hectares para esta safra.
O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar indica que o plantio do trigo está quase concluído na Fronteira Oeste, mas há apreensão entre os produtores devido aos custos elevados de produção e aos preços pouco atrativos do grão. Em média, os bancos disponibilizaram R$ 3.150,00 por hectare para o custeio das lavouras, exigindo uma produtividade de 45 sacas por hectare para cobrir os custos, além dos encargos financeiros, das despesas com seguro e arrendamento.
Este cenário complexo demanda uma atenção redobrada dos agricultores, que enfrentam a dualidade dos desafios climáticos e econômicos para garantir uma safra viável.