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Queda de encostas preocupa usuários da rodovia 472

DAER está trabalhando, mas sem maquinário não consegue grandes ações

22/03/2019 às 10h59 Atualizada em 22/03/2019 às 21h31
Por: Jonas Martins Fonte: Jornal Província
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Entre os materiais que caíram sob a pista está uma pedra gigante. O DAER não tem equipamento para removê-la (Foto: Eduardo Salvadori)
Entre os materiais que caíram sob a pista está uma pedra gigante. O DAER não tem equipamento para removê-la (Foto: Eduardo Salvadori)

O último período chuvoso evidenciou um novo problema para quem trafega pelas rodovias da região. Em quatro pontos da RSC-472, entre Tenente Portela e Três Passos, a encosta desabou caindo sobre a pista trazendo consigo pedras gigantes, pequenas árvores, lama e outros materiais que ficavam sob o barranco.

A rodovia chegou a ficar interditada durante algumas horas até que a via fosse desobstruída. Em 30 anos, dessa rodovia, essa foi a primeira vez que o trecho apesentou esse tipo de ocorrência.

No trecho entre Tenente Portela e Palmitinho já aconteceram alguns desabamentos de pedras do barranco lateral sobre a via, mas em nenhum caso a situação foi tão grave como esses registrados neste último ciclo.

Diversas mensagens começaram a pipocar nas redes sociais cobrando uma alternativa imediata por parte das autoridades estaduais, que são responsáveis pela administração da rodovia.

A portelense Josiane Carboni Pretto entrou em contato com a superintendência do Daer que a aconselharam a fazer um protocolo pedindo uma vistoria na rodovia. É esse procolo que esta sendo usado pelo adjunto da superintendência de Palmeira das Missões para solicitar ajuda da central do DAER de Porto Alegre. Ele disse que a iniciativa de Josiane ajuda evidenciar a urgência do serviço e a necessidade de a presença de engenheiros especializados para encontrar uma solução para o grave e preocupante problema.

Segundo informações do próprio DAER além de Josiane outras pessoas enviaram pedidos, inclusive com fotos, solicitando medidas em relação ao assunto. A grande maioria partiram de Tenente Portela, e muitas foram incentivadas pela própria Josiane. Na semana em que ocorreu os desabamentos, muitos dos participantes do júri do Caso Bernardo que estavam em Três Passos acompanhando ou participando do julgamento, mas que estavam hospedados em Tenente Portela não conseguiram passar. Alguns optaram por ficar na capital da Região Celeiro, outros por rodar pelo interior de Derrubadas, que é uma rota alternativa, mas que pelo pouco uso está em condições ruins, tanto de trafego, quanto de sinalização.

Nossa reportagem conversou com o superintendente adjunto do Daer, de Palmeira das Missões que é responsável pela via, Luiz Carlos Soares, que nos informou que esteve pessoalmente na última quarta-feira, 20, verificando a situação da estrada.

Segundo ele o caso é de veras muito preocupante. Ele nos confirmou que na vistoria, que fez, ficou perceptível que novas quedas podem acontecer e disse que a preocupação é muito grande com os usuários da rodovia.

As iniciativas para solucionar o problema já estão sendo tomadas. Na tarde dessa quinta-feira a equipe de operários do DAER esteve trabalhando na limpeza do trecho.

Soares disse que a equipe faz a limpeza no local onde ocorreu os desabamentos, mas que vai estender essa limpeza ao longo do trecho, principalmente nos acostamentos. Ele disse que o fato das canaletas das laterais da rodovia estarem totalmente obstruídas leva a água para cima da pista e cria um segundo problema.

Sobre a solução para evitar novos desabamentos, o adjunto nos informou que aguarda a vinda de engenheiros, do DAER de Porto Alegre, para estudar uma solução para o problema.

O que já foi observado, segundo ele, é o fato de que em dias chuvosos muita água está descendo pela encosta, muito mais do que o normal, e será necessário um estudo para saber o motivo pelo qual isso está ocorrendo, pois, esse fenômeno tem abalado as estruturas naturais localizadas sob a encosta fazendo com que ela desabe.

O profissional também confidenciou, para a nossa reportagem, que atualmente a superintendência de Palmeira das Missões está desprovida de maquinários e equipamentos para fazer trabalhos mais efetivos, lhe faltado inclusive uma retroescavadeira para dar sequência no serviço, mas que solicitou a empresa Construbras, para que essa preste serviços no trecho, como desobstrução das canaletas, limpezas das vegetações locais e retirada das pedras gigantes que estão atualmente sobre a rodovia.

Uma solução paliativa que será tomada pelo DAER, será o aumento da área de escape próximo dessa encosta para que em caso de novo desabamento as pedras não cheguem até a via de rolamento. Ele diz que a ideia inicial, e que poderá ser aplicada a partir da próxima semana, será aumentar a distância entre a via e o barranco, para que caso ocorram novos desabamentos, esses rejeitos fiquem nessa área previamente montada.

Ele reconhece que a situação do trecho é delicada, e que vai exigir um trabalho de engenharia arrojado para solucionar o problema, mas encerrou a conversa dizendo que “o que precisar ser feito, será feito.”

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